sábado, 19 de junho de 2010

FERIADOS

De repente dou comigo com vontade de escrever o que neste momento sinto. Não sei se vai resultar em algo que se perceba mas tem que sair já.
Estou a ler o jornal e vejo que andamos ao sabor das negociatas de blasfemos políticos corruptos que de respeito pelos outros é só conversa e o que pretendem é impingir-nos os seus pensamentos.
O mundo está embebedado pelas teorias comunistas, neo-liberais e de capitalismo selvagem.
“CADA FERIADO CUSTA 37 MILHÕES”.
Como é possível dizer uma barbaridade destas? O repouso das pessoas e o tempo destinado a fins espirituais tem preço?
Ninguém contabiliza os milhões que se deitam ao lixo por excessos de produção e perdas de validade?
Produzir, produzir, para consumir, consumir e produzir mais lixo com os excedentes?
O mundo está louco e os teóricos inventam os princípios para justificar a sua pseudo inteligência.
Vigariza-se a humanidade impondo TEORIAS para nos levar a crer nas patranhas que congeminam.
Se trabalhamos em prol da humanidade ainda bem, mas trabalhar em feriados (que deixam de o ser) para que a rentabilidade de todos se cifre em prémios chorudos de uma minoria. Para além de ser absurdo é DESHUMANO.
Como podem andar a delapidar a nossa inteligência a favor de conceitos estúpidos e mesquinhos de uns quantos que em vez de nos servirem se servem de nós?
Cada vez há mais desigualdade social. Os mais fracos trabalham mais e produzem mais e o resultado é pior. Porquê?
Deixemo-nos de patetices e mandemos esses teóricos de meia tigela trabalhar na estiva. Esses é que precisam de alombar para saberem o que custa.
Se interessa, mandam diminuir o trabalho em nome de pseudo equilíbrios comerciais, se não interessa mandam trabalhar mais para que os seus lucros e prestígios aumentem. TENHAM VERGONHA.
Já agora para nos deixarem em PAZ, SUICIDEM-SE.
Criaram a crise e agora, nós que a paguemos. Claro que alguns foram na conversa e ficaram endividados. Mas será que nos deixamos substituir ao pensamento deles? Se a nossa cabeça anda a mando dos outros, SUICIDEMO-NOS. Porque somos tão bons como eles.
Com tanta riqueza no mundo como se entende que tantos morram de fome? E se em vez de distribuir subsídios que promovem o ócio, se distribuíssem postos de trabalho para que todos, trabalhando menos pudéssemos produzir o mesmo com menos esforço?
Quando será que todos, eles e nós vamos ganhar juizo?

1 comentário:

  1. O trabalho liberta.
    Os filósofos, mesmo os que não têm sentimentos religiosos, encontram valor para séria reflexão nos textos formadores da cultura humana.
    Um desses textos é o Livro do Génesis.
    Nesse texto é referido (esqueçamos por momentos a referencia ao divino), que o trabalho é o preço pela liberdade. É a consequência da auto-determinação. Neste sentido, o tabalho não só liberta como redime, por ele, podemos retornar á comunhão metafísica. Ora, no mesmo Génesis, é exactamente pelo respeito a esta intenção, movimento e vontade Criadora, que o descanso é referido. Não há trabalho digno sem o descanso contemplativo desse mesmo trabalho realizado. Todo o homem tal como Deus, tem o direito e o dever de contemplar a sua criação e dizer: - É tudo muito bom...
    Curisosamente, o ciência nasce na Europa e em mais nenhuma parte do mundo. O que destingue o homem europeu de por exemplo o homem asiático, é a natureza reflexiva sobre a sua própria reflexão. Ora, a ciencia não poderia ter nascido sem o ócio, sem o descanso, sem o contemplar daquilo que se fez.
    Amigo Paulo, muito mais poderíamos falar a partir do seu texto; sobre o porquê desta falsa crise, sobre a novel sociedade esclavagista em que nos tentam meter, etc.
    Parabéns pelo seu blog.
    Manuel Vieira

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